Caio Fernando Abreu e os novos limites do humano: retratos de uma subjetividade esfacelada diante da pós-modernidade

Bruno Oliveira Couto, Ary Pimentel

RESUMO: É em um cenário social pós-moderno de crise da utopia, subjetividades fragmentadas e politização do corpo que se desenrolam as narrativas de Caio Fernando Abreu. Seus textos apresentam temas como a solidão, alteridades complexas e crise dos “grandes relatos” da modernidade. Diante de uma obra tão complexa, a proposta desse trabalho se restringe à leitura de dois contos: Retratos e Os sobreviventes, com o intuito de aprofundar uma discussão sobre a obra de Caio F. para além da temática homoafetiva, focando em aspectos que nos permitem reconhecer em Caio F. uma voz política que problematiza experiências vitais de personagens de ambos os sexos, de qualquer idade, classe ou preferência sexual. A obra de Caio se consolida justamente através dos seus “pequenos relatos”, que tentaremos iluminar com essa leitura. Queremos identificar na sua dicção uma expressão contestatária de várias “grandes narrativas”, que imperavam como discursos hegemônicos em diferentes âmbitos da sociedade brasileira que vivia a fase final de duas décadas de ditadura, ou já experienciava o período pós-ditatorial.

PALAVRAS-CHAVE: Caio F. Abreu; solidão; pós-modernidade; alteridade; grandes relatos.

ABSTRACT: It’s in a postmodern social scenario of utopic crisis, fragmented subjectivities and of politicization of the body that Caio Fernando Abreu’s narratives unfold themselves. His texts show themes like solitude, complex otherness, and the crisis of the “great accounts” of modernity. In front of such a complex work, the proposition of this essay restricts itself to the comprehension of two of his works: Retratos and Os sobreviventes, with the aim to deeper the discussion about Caio F.’s works to beyond the homosexual themes, focusing ourselves in aspects that allow us to recognize in Caio F. a political voice that problematizes vital experiences of his characters from both sexes, of any age, class or sexual orientation. Caio F.’s work consolidates itself precisely by his “little accounts” that we will try to enlighten within this work. We want to identify in his diction an expression of contestation from his various “great accounts” that prevailed like hegemonic accounts from different aspects of Brazilian society that lived in this final phase of almost two decades of dictatorship, or that was already experiencing the post dictatorial period.

KEYWORDS: Caio F. Abreu; loneliness; post modernity; otherness; great accounts.

 

Acordar alguma coisa que não devia acordar nunca, que não devia abrir os olhos (…), uma coisa que deveria permanecer para sempre surda cega muda (…), porque devia ficar enjaulada amordaçada (…), feito bicho numa jaula fedida, entre grades e ferrugens quieta domada fera esquecida da própria ferocidade, para sempre e sempre assim. Embora eu soubesse que, uma vez desperta, não voltaria a dormir.
Caio Fernando Abreu

 

Entendemos pós-modernidade como uma época de profundas e complexas transformações, na qual estaríamos vivenciando – ao mesmo tempo – a era líquida do “pós”, uma crise e uma continuidade da modernidade. Focaremos nossa abordagem na ideia proposta pelo pensamento de Jean-François Lyotard (1998) e Gianni Vattimo (1996), de substituição dos “grandes relatos” pelos “pequenos relatos” e da “utopia” pela “heterotopia”. Este é um cenário que não se modifica e impacta a ação dos sujeitos apenas nas sociedades “pós-industriais”, conforme estuda Fredric Jameson (1993) em seu ensaio sobre o pós-modernismo e a lógica cultural do capitalismo tardio. Cabe destacar que em países como os que já nos anos de 1980 integram o subcontinente latino-americano, a Modernidade começa a se mostrar como uma época histórica envelhecida, e determinados indivíduos – em particular os que fazem parte do campo artístico das grandes capitais – começam a tomar consciência de que vivem uma era do “pós”.

Em um mundo que se faz cada vez mais líquido mesmo nas periferias do capitalismo, um dos temas mais candentes é a questão das novas identidades num cenário de crise dos grandes relatos da modernidade. O mundo narrativo de Caio Fernando Abreu (1948 – 1996) coloca em cena justamente o não lugar ou a “sensação de não estar de todo” (CORTÁZAR, 1993) destes novos sujeitos perante as velhas identidades. Em seu livro A identidade cultural na pós-modernidade, Stuart Hall propõe que “as velhas identidades, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno, até aqui visto como um sujeito unificado” (HALL, 2001, p. 07).

É em um mundo de desintegração das estruturas sociais tradicionais, realidade marcada pela crise da utopia, pela emergência de subjetividades fragmentadas e pela politização do corpo, que se desenrolam as narrativas de Caio Fernando Abreu. Seus textos apresentam temas como solidão, crise dos grandes relatos da modernidade e alteridades complexas (um Euque é um Outro em contextos diferentes, ou uma mesmidade que se assume como alteridade quando percebe os impedimentos para que possa esboçar um discurso). Diante de uma obra tão complexa, a proposta desse trabalho se restringe à leitura de dois contos: Retratos e Os sobreviventes, com o intuito de aprofundar uma discussão sobre a obra de Caio F. para além da temática homoafetiva, deslocando o foco para aspectos que nos permitam reconhecer no autor uma voz política representante de uma potência juvenil contestadora do establishment e reivindicadora de problemáticas que marcam as experiências vitais de personagens de ambos os sexos, de qualquer idade, classe ou preferência sexual.

Embora apresente alguns temas mais ou menos permanentes, a obra de Caio F. não traz uma posição identitária fixa, mas sim uma trama de textos nos quais a narrativa do “eu” se fragmenta. Com seus personagens “estrangeiros” nas cidades, nos países ou nos meios sociais e culturais nos quais se desenrolam as tramas, Caio coloca em cena a dramatização de performances identitárias múltiplas, que traduzem a complexidade de identidades culturais da modernidade tardia. No lugar de uma velha identidade, não surge uma nova identidade, mas sim múltiplos fragmentos. Como observa Stuart Hall:

A identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia. Ao invés disso, à medida que os sistemas de significação e representação cultural se multiplicam, somos confrontados por uma multiplicidade desconcertante e cambiante de identidades possíveis, com cada uma das quais poderíamos nos identificar “ao menos temporariamente” (HALL, 2001, p. 13).

Na interação do “eu” com uma sociedade cada vez mais complexa destacam-se a partir dos anos 60 os movimentos juvenis contraculturais, o feminismo, as revoltas estudantis, as lutas dos movimentos que aglutinam as minorias. Essa interação coloca em xeque a grande narrativa da nação e dos sujeitos sólidos, fazendo brotar dentro de cada sujeito identidades múltiplas ou mesmo contraditórias que os levam a assumir diferentes identidades a partir da sua atuação, em diferentes espaços de interação e em diferentes momentos.

É justamente nos “pequenos relatos”, que se projetam como uma miríade de fragmentos em meio às constantes (homoafetivas) dos relatos de Caio F., que tentaremos iluminar com essa leitura a emergência de uma temática maior. Queremos identificar na sua dicção uma expressão contestatária de várias “grandes narrativas” que imperavam como discursos hegemônicos em diferentes âmbitos da vida humana. Qual foi o papel exercido pelas narrativas de Caio na sociedade brasileira que vivia a fase final de duas décadas de ditadura ou já experienciava o período pós-ditatorial? Acreditamos que foi o de crônica e de agente de contestação que (assim como o rock nacional com a qual a obra de Caio tanto dialoga) atuou ativamente na construção de uma nova identidade juvenil e na problematização dos valores que pautavam a sociabilidade numa nação periférica em acelerado processo de transformação. Com sujeitos contemporâneos problemáticos que aparecem indistintamente na figura de homossexuais e heterossexuais, homens e mulheres, jovens e velhos, diferentes manifestações do humano fragmentado e exilado dentro de si mesmo são realizadas através do olhar para o diferente.

Como assevera Paula Dip, em Para sempre teu, Caio F.: Cartas, conversas, memórias de Caio Fernando Abreu, ele “sabia aceitar as diferenças e de certa forma vivia delas, pois criava em suas histórias seres contraditórios, divididos, um pouco como todos nós, perdidos na selva da cidade” (DIP, 2009, p. 30). Segundo ela, a voz de Caio também pode ser vista como uma voz política, para além do partidário que traz uma pretensão de enquadramento, diante de cuja seriedade o Caio F. Abreu brincalhão, frívolo, diferente e ovelha negra que chama a atenção para si mesmo e para as contradições dos demais, constrói um caminho a contrapelo.

A obra de Caio Fernando Abreu pode ser discutida no sentido de se questionar as relações que toda uma geração estabeleceu entre si e com a sociedade como um todo, bem como as rupturas introduzidas pela sociedade líquida abordada por Bauman (2004). Caio consolida sua obra durante a ditadura, construindo uma vertente mais sutil da literatura da violência urbana, que em seus contos expressa sutilmente a exclusão e a crítica ao introduzir o marginal, o homossexual e o hippie na ficção, em um contexto de influências internacionais das outras artes com as quais sua obra tanto dialoga.

Caio Fernando Abreu no conto Os sobreviventes, texto de 1982 do livro Morangos Mofados, denota a crise da utopia e seus desdobramentos políticos na vida de dois jovens militantes que experimentam uma angustiante insatisfação após um período de luta como participantes de movimentos contracultura, surgindo ao longo do texto com uma descrença perante a vida.

Os sobreviventes dramatiza as tensões do momento através do diálogo de dois personagens anônimos, um homem e uma mulher, transgressores da década de 70. Ambos são sobreviventes de uma geração militante consciente que comparece a atos públicos e representa a falta de roteiros e perspectivas destes tempos. Por isso, sobreviventes dessa vanguarda política em pleno período em que “o sonho acabou”, o que sobrou para ambos foi a frustração e a angustia de não ter mais objetivos, não ter mais contra o que lutar. Citamos a seguir um trecho do longo fluxo discursivo da personagem feminina, no qual o sujeito pós-moderno se situa em um lugar nos quais termos como burguesia, trabalhador, esquerda e direita perderam os seus sentidos monolíticos de anos anteriores. O corpo, então, passa a ser o instrumento principal para interpelar as grandes narrativas de uma memória militante:

Éramos diferentes, ai como éramos diferentes, éramos melhores, éramos mais, éramos superiores, éramos escolhidos, éramos vagamente sagrados, mas no final das contas os bicos dos meus peitos não endureceram e o teu pau não levantou, cultura demais mata o corpo da gente, cara, filmes demais, livros demais, palavras demais, só consegui te possuir me masturbando, tinha a biblioteca de Alexandria separando nossos corpos, enfiava fundo o dedo na buceta noite após noite pedindo mete fundo, coração, explode junto comigo, depois virava de bruços e chorava no travesseiro porque naquele tempo ainda tinha culpa nojo vergonha, mas agora tudo bem, o Relatório Hite liberou a punheta (ABREU, 2005, p. 26).

Convocadas a confrontar as renúncias individuais do passado em nome dos grandes projetos coletivos, explicitam-se as frustrações diante do abandono de outros ideais de felicidade que, contrapostos às grandes narrativas militantes, foram lidos como traições:

Ah não me venha com essas histórias de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, eu nunca tive porra de ideal nenhum, eu só queria era salvar a minha, veja só que coisa mais individualista elitista capitalista, eu só queria era ser feliz, cara, gorda, burra, alienada e completamente feliz (ABREU, 2005, p. 27).

O trecho da fala feminina aparece como justificativa de uma ação que tem no centro o corpo e o prazer, indo a contrapelo dos programas utópico-revolucionários. Tal fala atua como uma forma de explicitação do poder disciplinador do discurso que aparece como um lugar-comum caracterizado pelo recurso da hifenização, acabando por esvaziar de autoridade o discurso do sujeito masculino. Mesmo dentro do contexto da ação revolucionária, a condição feminina continuava dependendo da autoridade de certos discursos que lhe conferiam a sua identidade ideal. É justamente isto que a personagem rechaça: a falsa opção de “seguindo certas regras” rebelar-se revolucionariamente contra um mundo no qual “todas as pessoas sensatas fazem o mesmo: apenas cumpriam ordens”. Isabela Marcatti em sua leitura de Os sobreviventes observa que a voz feminina vai construindo uma identidade em negativo:

Tecendo pelo avesso, ela, mais uma vez, evidencia as moedas que estão realmente em jogo: em seu meio, aquele da classe média urbana intelectualizada, para se ter algum tipo de prestígio é preciso que o indivíduo seja magro, culto e conscientizado (MARCATTI, 2003, p. 205).

No conto Retratos, do livro O ovo apunhalado (1975), a narrativa se passa em um período de nove dias, apresentados no conto como um diário em que o protagonista – introduzido totalmente no “coletivo urbano” – se vê diante de uma outra possibilidade de mirar a vida a partir do contato com um jovem hippie que se propõe a fazer uma série de retratos ao longo de uma semana. Essa aproximação e identificação do responsável burocrata com o jovem liberado de todas as amarras da sociedade acabam por comprometê-lo perante os habitantes de seu condomínio, derivando na sua expulsão do prédio por conviver com um grupo de pessoas que não praticam as normas desse coletivo de pessoas civilizadas. Ao contrário, esse grupo é completamente fora dos padrões, como se pode perceber pelo que diz o narrador na primeira vez em que consegue ver o outro:

Nunca havia reparado nele antes. Na verdade não tem nada que o diferencie dos demais. As mesmas roupas coloridas, os mesmos cabelos enormes, o mesmo ar sujo e drogado. Nunca os vira de perto como hoje. Da janela do apartamento eles pareciam formar uma única massa ao mesmo tempo colorida e incolor (ABREU, 2009, p. 50).

As relações líquidas sociais entre os personagens dos dois contos mostram-se distantes e indiferentes, uma vez que o sujeito urbano está cercado pela multidão e envolvido pela solidão que não permite fixidez no entrosamento social com os demais. O parâmetro de escolha dos dois contos, um do livro Morangos mofados (1982) e o outro, Retratos, de O ovo apunhalado (1975), foi realizada com base no discurso dos sujeitos enunciadores das narrativas, a partir dos quais propusemos uma rápida análise comparatista sobre os processos de marginalização das personagens, que fosse capaz de dialogar ao mesmo tempo com as novas subjetividades derivadas das interações nos espaços urbanos líquidos.

Diante de subjetividades em crise, observamos nas narrativas de Caio F. Abreu sujeitos que se propõem a fixar, a partir de si mesmos, novos limites do humano e aceitam romper com uma teia de “virtudes” e com uma geração muito cheia de si, formada por velhas mentalidades patriarcais, mas também por intelectuais-pequenos-burgueses. Ao mesmo tempo em que esses sujeitos se propunham ao papel sobre-humano de transformar as instituições nacionais, a partir de uma ação de vanguarda que abriria os olhos e as consciências de toda a população, também assassinaram o corpo e a libido. Nesta politização do corpo e do cotidiano encontramos a pauta que nos permite propor uma leitura mais abrangente da contística de Caio F. Esses “heróis-pequenos-burgueses” que antes pretendiam revolucionar a vida política e social, bravos agentes da democratização, mártires perseguidos e torturados, pretensos sujeitos das transformações necessárias, eram apenas os frustrados sobreviventes dos muitos fracassos pessoais e coletivos que se evidenciavam diante dos novos tempos. Os virtuosos habitantes de um edifício social que se protegiam dos comportamentos ameaçadores das novas gerações eram também meros sobreviventes de um naufrágio social, seres que não resistiriam a um retrato mais crítico, como o que encontramos na obra de Caio Fernando Abreu, que se consolida através dos seus “pequenos relatos” em que identificamos uma expressão contestatária de várias “grandes narrativas”.

Referências

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