Abrimos a edição 29 da revista com uma grande novidade! Expandimos as áreas de interesse da seção Resenhas e agora poderão ser submetidas, além de resenhas de obras literárias e/ou teoria literária, resenhas de filmes. Para mais informações, acesse a aba Para Publicar. Assim, inaugurando esse novo espaço destinado às resenhas apresentamos um texto de Jéssica Domingues Angeli sobre o filme Boi neon, dirigido por Daniel Mascaro e estreado, no Brasil, em janeiro de 2016.
Nesta edição, também contamos com oito trabalhos publicados na seção Ensaios. Para os leitores de literatura brasileira, “Uma representação do corpo feminino na obra de Ercília Nogueira Cobra”, de Kátia Cardoso Nostrane, “A dupla essência do imaginário humana em Uma em duas de Lya Luft”, de Elisa Capelari Pedrozo e “Pronomes, artigos e outras palavras funcionais no discurso dos gêneros de “Grande Sertão: Veredas” (crítica algorítmica)”, de Ademar Pereira Soares Júnior e Nathália Silva Diôgo, são trabalhos que contemplam autores tanto contemporâneos, como Lya Luft, quanto autores clássicos, como Guimarães Rosa ou à frente do seu tempo, como Ercília Nogueira Cobra, autora de Virgindade inútil (1927).
“Amores oníricos: entre o real e o sonho”, de Vanessa Barreto Ribeiro e “A mão da limpeza: a trajetória negra na literatura”, de Jéssica Caroline Pessoa dos Santos, por sua vez, apresentam discussões interdisciplinares cruzando obras literárias com filmes e músicas, respectivamente Her (2013) e Mão da limpeza, de Gilberto Gil.
Já para os interessados em literatura estrangeira, “A crítica literária sobre a literatura de Guiné-Bissau: considerações sobre um suposto vazio”, de Marceano Tomas Urem da Costa, desconstrói a ideia de que, por causa da presença colonizadora de Portugal e da “tardia aderência dos guineenses à produção literária” no país, há um vazio na literatura de Guiné-Bissau. “A metáfora do caminho em “O auto da barca do inferno”, de Bruno Felipe Marcos de Melo, analisa os processos de alegoria e metáfora utilizados por Gil Vicente para satirizar a sociedade portuguesa do século XVI. Por fim, “El olvido y la lluvia: La soledad en un universo llamado Macondo”, de Nathalia Maynart Cadó, discute a importância dos eventos da peste da insônia e do esquecimento e dos quatro anos de chuva no ciclo da cidade de Macondo, desde a sua formação e até a sua decadência.
A seção Tradução traz um ensaio da escritora Virginia Woolf, “On Not Knowing Greek”, “Ser ou não ser grego”, publicado em 1925, que aborda, conforme seu tradutor, Silvio Somer, “a impossibilidade de sabermos como a língua grega realmente soava”.
A seção Criação conta com um conjunto de poemas de Gabriel Faraco, uma criação de Emmanuel Fritz Neves, intitulada “Cipó-cobra” e um compilado de quatro poemas de Tereza Du’Zai.
A seção Obra Rara, por sua vez, traz a obra Visões de hoje, de José Izidoro Martins Júnior. Isabela Melim Borges, responsável pela apresentação desta obra, aponta que esse livro “inicia as discussões mais aprofundadas sobre a poesia científica brasileira, que, em conjunto com as poesias social, progressista, revolucionária, determinista, evolucionista e, obviamente, positivista, preenchia aquele ambiente literário carregado de ideias advindas da filosofia de Auguste Comte”.
Por fim, na seção Entrevista, apresentamos uma conversa com o professor e escritor Hélder Pinheiro sobre o seu livro Poesia na sala de aula.
Comissão Editorial
Alckmar Luiz dos Santos
Eduarda da Silva
Isabel Mafessolli
Maria Eduarda Cidral
Paulo Henrique Pergher
Samanta Rosa Maia
Vinícius Rutes