O conto a seguir foi publicado originalmente em forma de folhetim de 04 de outubro a 04 de novembro de 1859, no periódico A Marmota , do Rio de Janeiro e é de autoria controversa. Como se sabe, Machado de Assis usava, além de seu nome verdadeiro, pseudônimos e abreviações para assinar suas obras publicadas nos periódicos da época, entre estes, um era M. de A. Graças a essa assinatura, a obra é atribuída à Machado.
Segundo estudiosos de Machado, a dúvida se deve ao fato de, na mesma época, outro colaborador de A Marmota ter publicado uma obra intitulada Magdalena, trata-se de Moreira de Azevedo, outro M. de A. [1]
Segundo as pesquisas de Galante de Sousa para a produção de sua Bibliografia de Machado de Assis (1955), não há no acervo da Biblioteca Nacional, como constava no catálogo da época, uma cópia em livro do texto de Moreira de Azevedo que pudesse ser comparada ao que foi publicado como o mesmo título n’ A Marmota em 1859.
O texto a seguir foi retirado dos Dispersos de Machado de Assis , organizado por Jean-Michel Massa, publicado em 1965. Embora Massa afirme ser praticamente certo que o texto seja de Moreira de Azevedo e não de Machado, assim mesmo optou por incluí-lo em seu livro como um disperso do autor.
É a polêmica em torno da autoria desta obra que nos faz publicá-la nesta edição.
Boa leitura!
[1] Ver Sacramento Blake, Dicionário Bibliográfico Brasileiro , 6º. Volume, 1900, p.61.