A cultura da violência contra a mulher na música brasileira (1930-2017)

Suelen Gomes Veleda

RESUMO: O presente trabalho apresenta análises de canções brasileiras que remetem a violência contra a mulher. Inclusive, tem como objetivos expor, denunciar e refletir sobre a banalização da violência contra a figura feminina na nossa cultura musical, tendo como base canções de diversos ritmos e de diversas décadas do século XX e XXI. Além disso, serão citadas leis conquistadas pelas mulheres na mesma época que cada música foi lançada, para que se possa ter uma visão clara da falta de compreensão de que as leis a favor da mulher devem ser cumpridas em qualquer situação.

PALAVRAS-CHAVE: Violência contra a mulher; Música Brasileira ; Violência descrita na música brasileira.

 

INTRODUÇÃO

Em um dos primeiros documentos sobre a criação ou surgimento do ser humano há testemunhos, relatos e ordens da figura masculina ter o direito de poder sobre a feminina. A Bíblia traz, no livro de Gênesis, a mulher como culpada pelo ato pecaminoso do homem e pelo ser humano ser banido do “paraíso”.

Não cabe aqui discutir o momento e nem o motivo exato, mas a raça humana passou a ter o homem como o alfa, ou seja, o líder, o que tem o direito de governar. Por isso, a mulher não tinha o direito de expressar opinião, de ter escolha sobre sua vida, de simplesmente ser dona do próprio corpo. O domínio do homem sobre a mulher virou cultura, virou parte do “bônus” ao nascer homem.

Além disso, a figura masculina, por séculos na cultura europeia, formou parte dos principais cargos profissionais da política, da ciência e da cultura, pouco se sabe de representantes femininas nessas áreas. No caso do Brasil, seguindo a cultura europeia, este fato foi consequência das normas constitucionais que davam plenos poderes do marido sobre a esposa, inclusive de deixá-la ou não trabalhar.

Com isso, ao analisar a linha histórica referente ao papel da mulher na sociedade, observamos o quanto o falocentrismo contribuiu para que as mulheres fossem vítimas de violência e desprezo. E como se não bastasse toda a humilhação sofrida por muitos séculos, a violência doméstica, a violência sexual e a violência moral contra a mulher, estão sendo rimadas, mixadas, cantadas e, infelizmente, aplaudidas.

A música, que faz parte da nossa cultura também, é uma das maiores influências na criança, no jovem e no adulto. No entanto, muitas vezes o ritmo contagiante nos engana ao não escutarmos, de fato, as letras que as compõem. Em muitas delas, há testemunhos de violência doméstica contra a mulher, o que faz com que muitos ouvintes creem que aquilo que o cantor está expressando em suas músicas é o comportamento correto que se deve ter.

A pesquisa foi desenvolvida com base no artigo “Como ensinar o que aprendi sem perceber: A canção popular brasileira como um curso universitário”, de Luís Augusto Fischer, professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). No seguinte trecho, o autor aborda a questão que ajudou na escolha da pesquisa:

A canção brasileira é formativa, isto é, forma o país: comenta vivamente aspectos do país, simboliza questões da vida brasileira, forma o gosto, realimenta sua própria existência, contribui para a vida de outras modalidades artísticas. (FISCHER, 2016).

No trecho do artigo citado acima, pode-se observar o quanto a música carrega uma carga de responsabilidade cultural e é a partir dela que pode ser construído preceitos, ou seja, o que está presente na letra, para alguns, é uma possível verdade absoluta. Portanto, letras com intuito de transmitir Violência contra a mulher é algo grave e que devem ser estudadas a partir de um olhar crítico.

Com isso, o presente artigo tem como objetivos expor, denunciar e refletir sobre a banalização da violência contra a figura feminina na nossa cultura musical, tendo como base canções de diversos ritmos e de diversas décadas do século XX e XXI. Além disso, serão citadas leis conquistadas pelas mulheres na mesma época que cada música foi lançada, para que se possa ter uma visão clara da falta de compreensão de que as leis a favor da mulher devem ser cumpridas em qualquer situação.

DESENVOLVIMENTO

Segundo a Coordenadoria da Mulher do estado de Sergipe, a definição de violência contra a mulher refere-se a todo ou qualquer tipo de ação ou conduta “que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher” (2017). Com isso, para cada crime praticado com algum desses atos, existem divisões, os chamados Tipos de Violência Contra a Mulher.

O primeiro a ser discutido é o da Violência Doméstica que equivale, em resumo, a qualquer conduta de violência física praticada contra a mulher. Esse tipo de violência é o mais visto em canções desde 1930 e, infelizmente, passa despercebido muitas vezes pelos nossos ouvidos.

Em 1932, o sambista da época, Noel Rosa, gravou uma canção que explodiu nas paradas musicais, titulada como Mulher indigesta. Até hoje, grandes artistas como Arlindo Cruz, regravam essa canção chamada de “obra-prima” do samba. No entanto, trechos da música chamam a atenção:

Mas que mulher indigesta!
Merece um tijolo na testa
Essa mulher não namora
Também não deixa mais ninguém namorar
É um bom center-half pra marcar
Pois não deixa a linha chutar
E quando se manifesta
O que merece é entrar no açoite (ROSA, 1932)

Os trechos citados refletem a ideia que muitos homens têm de que a mulher merece sofrer violência doméstica para “aprender” a se comportar como ele deseja. Segundo o contexto da letra, a mulher citada na canção “incomoda” o eu-lírico e, por isso, este crê que ela merece um tijolo na testa e entrar no açoite. Inclusive, a canção foi feita um pouco mais de quarenta anos da Abolição da Escravatura, por isso conclui-se que a frase entrar no açoite não é somente metafórica.

Coincidentemente, no mesmo ano em que a canção foi lançada, a mulher atingia uma das maiores conquistas da história, o direito de votar. Através do novo Código Eleitoral, as solteiras e as viúvas que possuíam renda própria passaram a votar, as mulheres casadas também podiam, porém estas deveriam ter a permissão do marido para executar o voto.

Isso mostra o quanto a mulher ainda tinha um caminho grande pela frente, para conquistar um simples desejo, o de ser cidadã. Todavia, as canções que a levam como figura depreciativa em suas letras trazem consigo a cultura de escravização da figura feminina, como por exemplo, a música Se essa mulher fosse minha (1946), do antigo grupo de samba Namorados da Lua:

Se essa mulher fosse minha
Eu tirava do samba já, já
Dava uma surra nela
Que ela gritava: Chega
Chega
Oh meu amor (NAMORADOS DA LUA, 1946)

A situação mostrada no trecho citado nada mais é que a descrição de uma cena de violência doméstica. O marido agressor sempre crê que é o dono da sua esposa, por isso pensa que tem o direito de repreendê-la de forma física. No caso da música, o eu-lírico repreende o comportamento da mulher do outro e dá sugestões de como faria se aquela mulher fosse dele, ou seja, o pensamento machista de que a mulher deve andar e se comportar se não apanha é evidente. Além disso, vemos a cobrança da sociedade sobre como o homem deve tratar sua esposa, como se este tivesse o dever de repreendê-la.

Segundo a tese A influência da música no comportamento humano, de Jessica Weigsding, Bacharel em ciências biológicas pela UNICESUMAR, as canções podem desencadear inúmeros processos de mudanças pessoais as quaisafetam não só  só o próprio indivíduo, mas também o universo que o rodeia em todas as suas manifestações e formas” (WEIGSDING, 2012, p. 5). E parece uma opinião errônea dizer que a música influencia um marido a bater na esposa, porém ela influencia sim a opinião do ouvinte sobre determinado assunto tanto que ele pode concordar com o que é dito na música, como o seguinte comentário deixado no vídeo de Se essa mulher fosse Minha, no Youtube:

Fonte: Imagem capturada no Youtube

Portanto, as letras que as compõem influenciam diretamente e indiretamente o comportamento do indivíduo. Porém, independente do ritmo, do estilo musical, as pessoas deveriam ter o hábito de prestar atenção na mensagem que está passando uma determinada música. Adjetivar de “belezura” [sic] uma letra que estipula uma possível agressão doméstica em uma mulher, é estar aceitando de forma secundária esses atos criminosos.

Outros exemplos bem claros de agressão física encontrada na música brasileira são as canções: Minha nega na Janela, de Germano Mathias, e Faixa Amarela, de Zeca Pagodinho. As duas são de épocas totalmente diferentes. A de Mathias foi lançada no ano de 1979, dois anos após ser decretada a Lei nº 6.515 que aborda a dissolução dos casamentos, consequência de inúmeras batalhas feministas; a de Zeca Pagodinho foi relançada no ano de 2010, em uma época em que existem leis que determinam que a mulher tenha autonomia sobre sua vida e seu corpo, inclusive estando já em vigor a Lei nº 11.340/06, chamada de Lei Maria da Penha.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Li Maria da Penha determina que qualquer caso de violência doméstica e intrafamiliar são visto como crime, sendo julgado por meio de inquérito policial e transmitido ao Ministério Público. Foi preciso que essa lei existisse para que casos de violência doméstica fossem julgados como crimes. No entanto, canções que transmitem a ideia de violência como um ato não criminoso, ainda são feitas atualmente, tal como mostra a tabela seguinte:

“Minha nega na janela” “Faixa Amarela”
Êta nega tu é feia
Que parece macaquinha
Olhei pra ela e disse
Vai já pra cozinha
Dei um murro nela
E joguei ela dentro da pia
Quem foi que disse
Que essa nega não cabia? (MATHIAS, 1979)
Mas se ela vacilar, vou dar um castigo nela
Vou lhe dar uma banda de frente
Quebrar cinco dentes e quatro costelas

Vou comprar uma cana bem forte
Para esquentar sua goela
(PAGODINHO, regravada em 2010)

Trinta e um anos de diferença entre as duas músicas, porém sem nenhuma diferença no contexto. Em ambas as músicas percebe-se claramente a humilhação e a violência doméstica impregnadas pelo eu-lírico. No caso de Faixa Amarela, o eu-lírico ainda diz que oferecerá tudo o que a esposa necessitar, porém ela não deve se comportar de maneira que ele não aprove, se não, tomará as providências descritas nos trechos mencionados. E o que mais chama a atenção em ambas é a transparência no momento de contar sobre a maneira da agressão: Dei um murro nela, como se fosse algo natural e aceitável, assim como Vou lhe dar uma banda de frente, quebrar cinco dentes e quatro costelas.

Dizer que uma mulher merece apanhar é o mesmo que dizer que ela merece ser humilhada, e é por isso que Violência Doméstica vem juntamente com a Violência Moral. Chamar uma mulher de feia, parece uma macaquinha, é também um crime. Porém, muitas pessoas não se dão conta da gravidade que essas humilhações verbais acarretam no psicológico de uma pessoa.

Segundo as informações do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade (Pro-Aim), da Prefeitura de São Paulo, o número de suicídios femininos fica atrás apenas do número de homicídios de mulheres. A depressão por se sentir desprezada, por sentir que não se encaixa nos padrões previstos pela sociedade, são duas das maiores causas desses suicídios.

A Violência Moral é tão grave e passada despercebida, que muitos homens se esquecem de que estão cometendo um crime ao humilhar sua esposa ou qualquer outra mulher. Por exemplo, o cantor de hip-hop, Gabriel O Pensador gravou uma música em 1992, chamada Lôra Burra. A letra se trata de um determinado tipo de mulher que o eu-lírico não aceita e não suporta, são as que têm nada na cabeça, personalidade fraca, tem a feminilidade e a sensualidade de uma vaca. Além dos trechos mencionados, em diversas partes da letra, há frases como, eu só vou te usar, você não é nada pra mim, seus lindos peitos não merecem respeito, entre outras, que retratam claramente uma Violência Moral.

Não existe mulher de verdade, ao contrário do que o cantor menciona na música. Todas são mulheres e nenhuma é de mentira. Em um dos trechos, é dito  Não eu não sou machista, exigente talvez, porém em toda a música vemos típicos comportamentos e opiniões machistas, inclusive quando ele diz que é exigente. Ou seja, ao dizer que é exigente na sua definição de mulher agradável ao seu gosto, ele reproduz o discurso de que a mulher deve se comportar de acordo com o que muitos homens desejam.

Esse tipo de comportamento machista, em várias situações, ocasiona o assédio sexual, que é um dos fatores causais de Violência Sexual. A recusa de um falso elogio leva, muitas vezes, a revolta do executor do ato, fazendo com que este se comporte de maneira agressiva com a vítima, obrigando-a a participar de uma relação sexual não desejada.

Em 2014, uma campanha chamada “Eu não mereço ser estuprada” mostrou uma triste realidade da nossa sociedade. O movimento teve início após uma pesquisa do Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) pertencente ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que apontou que mais de 65% dos entrevistados creem que as mulheres que usam roupas curtas merecem sofrer abuso. Porém, a campanha foi muito além da questão da roupa, o fato é que nenhuma mulher merece ser estuprada em qualquer situação.

A Violência Sexual abrange todo o tipo de situação em que a mulher não está de acordo com o ato e nem consciente do ato sexual. Portanto, ter relações sexuais com alguém que se encaixa em um desses tipos de situações é crime, inclusive se a pessoa estiver em estado de embriaguez. Porém, mais uma vez, essa questão é “esquecida” quando se trata de letra de música.

Dois exemplos recentes são as músicas Festa Boa, de Henrique e Juliano, e As mina pira, de Fernando e Sorocaba. O foco de ambas é festa e o que acontece nela. No caso de Festa Boa, há uma parte em que diz: Desço um pouco de uísque pra elas liberar geral. Ou seja, o eu-lírico comenta que dará bebida alcoólica para as mulheres da festa, para que estas permitem que os homens façam o que querem com elas. Já em As mina pira, os versos As mina pira, pira/ Entra no clima/ Tá fácil de pegar/ Pra cima! vêm logo após ser dito que as mulheres tomaram tequila na festa, ou seja, elas estariam fácil de pegar porque estão embriagadas e não-lúcidas.

Outra composição que está entre uma das mais tocadas de 2017 é a música Vidinha de Balada, também da dupla Henrique e Juliano. A música tem diversos trechos que chamam a atenção pelo fato de remeterem uma situação total de posse forçada do eu-lírico sobre a mulher, como trecho: Tô a fim de você/ E se não tiver, cê vai ter que ficar. Assim como nas duas frases do refrão: Vai namorar comigo, sim![…]/Se reclamar, cê vai casar também/ Com comunhão de bens.

Diversos sites populares de letras de música, como Letras, Vagalume e Cifras.Club, trazem a canção como a mais popular da dupla. Inclusive no Youtube, possui mais de 286.594.683 visualizações e 1 milhão de curtidas positivas até o momento. A seguir, alguns comentários deixados no vídeo oficial da canção:

Fonte: Imagem capturada no Youtube

Fonte: Imagem capturada no Youtube

Os dois comentários são apenas dois exemplos de muitos comentários positivos que estão lá no vídeo oficial. Infelizmente, as pessoas não percebem o peso da violência que a letras traz. A mulher é vista como propriedade do homem e que não é digna de ter escolha sobre sua própria vida.

As mulheres não merecem ser violentadas sexualmente, fisicamente, moralmente, a lei é clara e deve ser seguida em qualquer tipo de situação. E ao contrário do que diz na canção Mulher não manda em homem (2013), do grupo Vou pro Sereno, a mulher não foi feita para o tanque, mulher foi feita para estar como deseja estar.

Apesar das inúmeras campanhas, protestos, direitos conquistados legalmente, ainda assim, a imagem da mulher é denegrida em muitas músicas de vários ritmos brasileiros ao longo das décadas. Essa cultura machista é imposta de tal maneira que muitas mulheres também possuem opiniões como as mencionadas nas canções exemplificadas. É preciso conscientização e lutas diárias.

Referências:

AUTOR DESCONHECIDO. Festa Boa. Disponível em:<https://www.letras.mus.br/gusttavo-lima/festa-boa/>. Acesso em: Acesso em: 19 fev. 2017

AUTOR DESCONHECIDO. Mulher não manda em homem. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/grupo-vou-rro-sereno/1927739/>. Acesso: 21 fev. 2017

AUTOR DESCONHECIDO. Se essa mulher fosse minha. Disponível em: <http://www.capoeira-music.net/samba-de-roda-2/se-essa-mulher%EF%BB%BF-fosse-minha/>. Acesso em: 14 fev. 2017

BARBOSA, Anne; PAULO, Paula Paiva. Suicídio é segunda maior causa de morte de mulheres jovens em SP. Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/10/suicidio-e-segunda-maior-causa-de-morte-de-mulheres-jovens-em-sp.html>. Acesso em: 18 fev. 2017

BIOSON. Quantas Raças Humanas Existem no Mundo?. Disponível em: <https://biosom.com.br/blog/curiosidades/quantas-racas-humanas-existem-no-mundo/>. Acesso em: 4 jan. 2017

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DAMASCENO, Nicolas Damasceno; SILVEIRA, Diego. Vidinha de Balada. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PnAMEe0GGG8. Acesso em: 10 set. 2017

FISCHER, Luís Augusto. Como ensinar o que aprendi sem perceber. In: FISCHER, Luís Augusto; LEITE, Carlos Agusto Bonifácio. O alcance da canção: Estudos sobre música popular. Porto Alegre: Arquipélago, 2016. p. 10-29.

GAGO, Beto; PAI, jessé; CARLOS, Luis; PAGODINHO, Zeca. Faixa Amarela. Disponível em: <https://www.letras.com.br/caetano-veloso/faixa-amarela>. Acesso em: 16 fev. 2017

GERMANO, Mathias. Minha nega na Janela. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/germano-mathias/1483511/>. Acesso em: 16 fev. 2017

PENSADOR, Gabriel O. Lôra Burra. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/gabriel-pensador/116215/>. Acesso em: Acesso em: 19 fev. 2017

ROSA, Noel. Mulher indigesta. Disponível em: <https://www.avozdapoesia.com.br/musicas_ler.php?letra_id=56&compositor_id=38>. Acesso em: 11 fev. 2017

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE. Definição de Violência contra a Mulher. Disponível em: <http://www.tjse.jus.br/portaldamulher/definicao-de-violencia-contra-a-mulher>. Acesso em: 4 jan. 2017

WEIGSDING, Jessica Adriane. A influência da música no comportamento humano. Disponível em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:Hf3pXBffWFsJ:periodicos.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/download/25137/pdf_59+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 14 fev. 2017