Prezados leitores e leitoras, anunciamos, com grande alegria e satisfação, a edição 42 da Revista Mafuá. Composta por trabalhos notáveis e de qualidade, ela dispõe de quatro ensaios e uma obra rara.
Abrimos a seção dos ensaios da edição 42 com o trabalho intitulado As personagens de ficção no romance O Cortiço, uma análise socio cultural, em que Jhonatas Santos analisa a obra de Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo, O Cortiço, buscando entender os contextos sociais que cercavam o Brasil do século XIX, e como eles afetam as personagens do romance.
Na sequência, Marina Amorim Sinedino apresenta Diálogos entre Sonho de uma Noite de Verão, o teatro musical moderno e as canções narrativas brasileiras. Nesse trabalho, ela explora a interseção entre o lirismo e a teatralidade em Sonho de uma Noite de Verão, de Shakespear, buscando destacar sua importância e traçar alguns paralelos entre o teatro musical contemporâneo e a música popular brasileira.
Emendando o enredo, Ana Luiza Camargo nos traz Feminismo e autonomia feminina no século XIX: comparação entre Aurélia, de José de Alencar, e Eloise Bridgerton, de Julia Quinn. Essa autora analisa, de modo comparativo, as personagens Aurelia Camargo, de José de Alencar, e Eloise Bridgerton, de Julia Quinn. Ana Luiza busca analisar essas duas personagens tendo em vista seus contextos, sendo Aurélia criada no século XIX, e Eloise fruto de um romance de época criado no século XXI, isso tudo ressaltando a discussão sobre a independência e a autonomia feminina, as quais repercutem em ambas as obras.
E, para fechar essa seção, Matheus Petris da Silva apresenta Murilo Rubião e Machado de Assis: atravessados pelo mistério. Nesse trabalho, o autor analisa, de forma comparativa, dois contos: “Marina, a intangível”, de Murilo Rubião, e “O país das quimeras”, de Machado de Assis. Matheus busca refletir sobre o mistério, ou melhor, como ele mesmo diz, sobre a “Fantasticidade”, a qual atravessa ambos os textos e que é capaz de correlacioná-los, ainda que de maneira singular.
Finalizando, temos a seção obra rara. Nela, Alckmar Luiz dos Santos e Maria Tereza Nicolau Alves apresentam Caldo Berde, de Horácio Mendes Campos, publicada em 1931. Furnandes Albaralhão, pseudônimo usado na obra, conforme escrevem os autores do texto de apresentação, “consegue efeitos engraçadíssimos, que seguem em paralelo com o humor das imagens e dos argumentos” utilizados por ele.
Por esses e outros motivos, acreditamos que vocês irão adorar esta nova edição da Revista.
Boa leitura!